sexta-feira, 12 de março de 2010

A História das Coisas


"A História das Coisas" é, para mim, um execelente documentário para se trabalhar, na sala de aula temas relacionados ao meio ambiente,lixo, desemprego, sociedade de consumo,recursos naturais, desigualdade etc. O que é ainda mais genial, é a forma didática como o vídeo é apresentado, sendo assim um instrumento prático e simples que
dá pra trabalhar praticamente em todas as faixas etárias.

Mas afinal, o que é "A História das Coisas"?

Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.

História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo.

História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.

História das Coisas nos ensina muita coisa, nos faz rir, e pode mudar para sempre a forma como vemos os produtos que consumimos em nossas vidas.

Sem mais delongas, vamos assistir o vídeo?

Se você quiser baixar o vídeo e saber mais informações, como os merecidos créditos da produção e da ótima dublagem, visite o site Sununga.



segunda-feira, 8 de março de 2010

A grande depressão - 9º Ano






A fotografia Migrant Mother, uma das fotos estadunidenses mais famosas da década de 1930, mostrando Florence Owens Thompson, mãe de sete crianças, de 32 anos de idade, em Nipono, Califórnia, março de 1936, em busca de um emprego ou de ajuda social para sustentar sua família. Seu marido havia perdido seu emprego em 1931, e morrera no mesmo ano.






Estamos terminando de estudar sobre a grande depressão, também conhecida como crise de 1929. Assistimos na sala de vídeo o filme " Tempos Modernos", do cineasta britânico Charles Chaplin, em que o seu famoso personagem "O Vagabundo" (The Tramp) tenta sobreviver em meio ao mundo moderno e industrializado. Charles Chaplin com seu filme Tempos Modernos (Modern Times, 1936) sintetizou como ninguém o período histórico marcado pelo desemprego em massa, queda acentuada do produto interno bruto em decorrência do declínio da produção industrial e dos preços das ações subseqüente à Quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929.

A atividade proposta consistiu na elaboração de um texto crítico, relacionado o texto com o conteúdo apresentado na sala de aula. Para a galera dar aquela turbinada nos estudos, apresento um pequeno resumo do filme enfatizando o contexto histórico. O resumo foi escrito pela equipe do site Historianet e que reproduzimos na íntegra.


Tempos Modernos

TÍTULO DO FILME: TEMPOS MODERNOS (Modern Times, EUA 1936)
DIREÇÃO: Charles Chaplin
ELENCO: Charles Chaplin, Paulette Goddard, 87 min. preto e branco, Continental

RESUMO

Trata-se do último filme mudo de Chaplin, que focaliza a vida urbana nos Estados Unidos nos anos 30, imediatamente após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-americana, levando grande parte da população ao desemprego e à fome.
A figura central do filme é Carlitos, o personagem clássico de Chaplin, que ao conseguir emprego numa grande indústria, transforma-se em líder grevista conhecendo uma jovem, por quem se apaixona. O filme focaliza a vida do na sociedade industrial caracterizada pela produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. É uma crítica à "modernidade" e ao capitalismo representado pelo modelo de industrialização, onde o operário é engolido pelo poder do capital e perseguido por suas idéias "subversivas".
Em sua Segunda parte o filme trata das desigualdades entre a vida dos pobres e das camadas mais abastadas, sem representar contudo, diferenças nas perspectivas de vida de cada grupo. Mostra ainda que a mesma sociedade capitalista que explora o proletariado, alimenta todo conforto e diversão para burguesia. Cenas como a que Carlitos e a menina órfã conversam no jardim de uma casa, ou aquela em que Carlitos e sua namorada encontram-se numa loja de departamento, ilustram bem essas questões.
Se inicialmente o lançamento do filme chegou a dar prejuízo, mais tarde tornou-se um clássico na história do cinema. Chegou a ser proibido na Alemanha de Hilter e na Itália de Mussolini por ser considerado "socialista". Aliás, nesse aspecto Chaplin foi boicotado também em seu próprio país na época do "macartismo".
Juntamente com O Garoto e O Grande Ditador, Tempos Modernos está entre os filmes mais conhecidos do ator e diretor Charles Chaplin, sendo considerado um marco na história do cinema.

CONTEXTO HISTÓRICO

Em apenas três anos após a crise de 1929, a produção industrial norte-americana reduziu-se pela metade. A falência atingiu cerca de 130 mil estabelecimentos e 10 mil bancos. As mercadorias que não tinham compradores eram literalmente destruídas, ao mesmo tempo em que milhões de pessoas passavam fome. Em 1933 o país contava com 17 milhões de desempregados. Diante de tal realidade o governo presidido por H. Hoover, a quem os trabalhadores apelidaram de "presidente da fome", procurou auxiliar as grandes empresas capitalistas, representadas por industriais e banqueiros, nada fazendo contudo, para reduzir o grau de miséria das camadas populares. A luta de classes se radicalizou, crescendo a consciência política e organização do operariado, onde o Partido Comunista, apesar de pequeno, conseguiu mobilizar importantes setores da classe trabalhadora.
Nos primeiros anos da década de 30, a crise se refletia por todo mundo capitalista, contribuindo para o fortalecimento do nazifascismo europeu. Nos Estados Unidos em 1932 era eleito pelo Partido Democrático o presidente Franklin Delano Roosevelt, um hábil e flexível político que anunciou um "novo curso" na administração do país, o chamado New Deal. A prioridade do plano era recuperar a economia abalada pela crise combatendo seu principal problema social: o desemprego. Nesse sentido o Congresso norte-americano aprovou resoluções para recuperação da indústria nacional e da economia rural.
Através de uma maior intervenção sobre a economia, já que a crise era do modelo econômico liberal, o governo procurou estabelecer certo controle sobre a produção, com mecanismos como os "códigos de concorrência honrada", que estabeleciam quantidade a ser produzida, preço dos produtos e salários. A intenção era também evitar a manutenção de grandes excedentes agrícolas e industriais. Para combater o desemprego, foi reduzida a semana de trabalho e realizadas inúmeras obras públicas, que absorviam a mão-de-obra ociosa, recuperando paulatinamente os níveis de produção e consumo anteriores à crise. O movimento operário crescia consideravelmente e em seis anos, de 1934 a 1940, estiveram em greve mais de oito milhões de trabalhadores. Pressionado pela mobilização operária, o Congresso aprovou uma lei que reconhecia o direito de associação dos trabalhadores e de celebração de contratos coletivos de trabalho com os empresários.
Apesar do empresariado não ter concordado com o elevado grau de interferência do Estado em seus negócios, não se pode negar que essas medidas do New Deal de Roosevelt visavam salvar o próprio sistema capitalista, o que acabou possibilitando possibilitou sua reeleição em duas ocasiões.


Introdução ao estudos históricos - Turma do 6º ano



Confesso que ensinar História para crianças não é tarefa das mais fáceis, mas com a imensidão de assuntos a serem trabalhados, é possível tornar a aula divertida, empolgante e, sobretudo produtiva.
Iniciei no 6º ano com uma aula sobre a Introdução aos estudos históricos. Esse é o primeiro momento dos alunos com a disciplina. As dúvidas surgem a todo momento.As questões mais freqüentes são: porque devo estudar o que já passou?para que guardar todas estas datas? o que tem a ver com minha vida estes fatos? Perguntas essas bastante comuns para os navegantes de primeira viagem Mas lembrem-se, foi dessa forma que o historiador Marc Bloch escreveu “A apologia da historia ou ofício do historiador”, aproveitando a interrogação de um filho que lhe indaga para que serve a história. Mergulhado nesse viés e no prazer do meu oficio, é que também busquei responder para os alunos do 6º ano do colégio Batista, para que serve a história,como de fato o historiador realiza o seu trabalho.

A primeira atividade proposta consistiu na leitura do poema Carlos Drumond de Andrade, intitulado “Antigamente”, o objetivo é que os alunos pudessem identificar fatos que aconteceram no passado que não ocorrem mais no presente. Ou seja, entender os hábitos do passado.E é assim que mantemos uma constante relação com o passado, com a experiências vividas por outros indivíduos, em tempos e lugares distintos.

Poema: Antigamente, de Carlos Drummond de Andrade.

HAVIA OS QUE tomavam chá em criança, e, ao visitarem família da maior consideração, sabiam cuspir dentro da escarradeira. Se mandavam seus respeitos a alguém, o portador garantia-lhes: “Farei presente.” Outros, ao cruzarem com um sacerdote, tiravam o chapéu, exclamando: “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo”; ao que o Reverendíssimo correspondia: “Para sempre seja louvado.” E os eruditos, se alguém espirrava – sinal de defluxo – eram impelidos a exortar: “Dominus Tecum.” Embora sem saber da missa a metade, os presunçosos queriam ensinar padre-nosso ao vigário, e com isso punham a mão em cumbuca. Era natural que com eles se perdesse a tramontana. A pessoa cheia de melindres ficava sentida com a desfeita que lhe faziam, quando, por exemplo, insinuavam que seu filho era artioso. Verdade seja que às vezes os meninos eram encapetados; chegavam a pitar escondido, atrás da igreja. As meninas, não: verdadeiros cromos, umas tetéias. ANTIGAMENTE, certos tipos faziam negócios e ficavam a ver navios; outros eram pegados com a boca na botija, contavam tudo tintim por tintim e iam comer o pão que o diabo amassou, lá onde judas perdeu as botas. Uns raros amarravam cachorro com lingüiça. E alguns ouviam cantar o galo, mas não sabiam onde. As famílias faziam sortimento na venda, tinham conta no carniceiro e arrematavam qualquer quitanda que passasse à porta, desde que o moleque do tabuleiro, quase sempre um “cabrito”, não tivesse catinga. Acolhiam com satisfação a visita do cometa, que, andando por ceca e meca, trazia novidades de


Time do Icasa no final da década de 60

baixo, ou seja, da corte do Rio de Janeiro. Ele vinha dar dois dedos de prosa e deixar de presente ao dono da casa um canivete roscofe. As donzelas punham carmim e chegavam à sacada para vê-lo apear do macho faceiro. Infelizmente, alguns eram mais que velhacos: eram grandessíssimos tratantes. (...) MAS TUDO ISSO era antigamente, isto é, outrora.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Antigamente. Citado em: http://www.legal.adv.br/20071007/antigamente/. Acesso em 8 de março de 2010


Após a leitura do poema, solicitei que elaborassem um quadro para mostrar os hábitos do passado e os de hoje, segundo o autor do poema. Objetivo dessa atividade era levar o aluno a perceber que somos parte da história na medida em que nos relacionamos ao longo do tempo, através de nossos hábitos e costumes. Segue o modelo:

Dois tempos

Hábitos do passado

Hábitos do presente


Em seguida dei a eles uma tarefa para a aula seguinte. Pedi que os mesmos fizessem uma entrevista com alguém de sua família, indagando qual a importância do estudo da história. O resultado foi satisfatório e as respostas foram as mais diversas. Entre as respostas mais comuns, destacavam-se as que identificavam a disciplina histórica como fonte de estudos do passado ( aqui o passado entendido como a historia dos nossos ancestrais e aquelas que estudavam a historia dos grande homens, dos grande feitos), a velha historia positivista.

No segundo encontro, depois de avaliada a entrevista, tive a oportunidade de falar sobre a nova visão historiográfica, mostrando que a historia se preocupava hoje não com os grande heróis, mais com o excluídos da história, escravos, índios, negro, mulheres etc.Citei um pequeno texto do historiador Jucieldo Ferreira Alexandre. O texto trata de forma clara e didática da renovação historiográfica que deu-se no seio da disciplina histórica.

“Há não muito tempo, a História era somente uma narrativa factualista, centrada na biografia dos “grandes homens” ou nos relatos de batalhas e em datas que deviam ser obrigatoriamente decoradas. Somente os reis, rainhas, papas, generais, etc., ocupavam os livros com suas façanhas. A “verdade histórica” tratava de uma ínfima parcela humana: na história dos “grandes”, os “pequenos” não falavam ou agiam. (Jucieldo Ferreira).

Em seguida apliquei o seguinte questionário:

a) Explique a frase: “na história dos “grandes”, os “pequenos” não falavam ou agiam”.
b) Com as transformações na disciplina da historia, qual o principal interesse dos historiadores ? Quais historias eles pretendem narrar?

Para encerrar o conteúdo, trabalhei com a turma o conceito de Historia e Memória de vida. A atividade proposta foi que eles procurassem um objeto antigo que fizesse parte da história da família e trouxessem para sala de aula com intuito de apresentar a história aos colegas de classe.
Depois de formado um grande círculo, os alunos iam um a um apresentando seus objetos, tecendo comentários sobre os mesmos e falando da importância dele para família e sua vida. O resultado foi genial, confesso que superou minhas expectativas! Os alunos adoraram a atividade, sobretudo devido a quantidade de informações que adquiririam durante a breve pesquisa. Como a turma é numerosa, resolvi realizar um sorteio das melhores atividades. Seguem as fotos, confira o resultado.








Matheus Alves Bezerra
- Trouxe um pequeno baú com fotos antigas da família















Maria Clara Brito
- Trouxe uma nota de 5 cruzeiros. A nota pertence a seu pai que é numismata.











Lourena Salustiano Amorin (Lourena está escondida atrás do vestido) - Trouxe o vestido de sua vó.O vestido é guardado por sua mãe com muito carinho.















Jacyanne Gino
- Trouxe um monóculo














Luisa Lanny - Trouxe um anel de prata que pertenceu a sua avó.















Frabynne Mendes - Trouxe uma bíblia muio antiga que pertenceu ao seu tio. A bílbia é guardada com muito carinho pela família.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Você sabia?


Você sabe como era utilizado o pau-brasil explorado no período colonial?

A madeira do pau-brasil era empregada em obras de marcenaria fina, construção naval e em vigas, dada a sua forte resistência à umidade. Além disso, seu lenho de cor avermelhada foi largamente utilizado na fabricação de corantes para tingir roupas.

Você sabe como os cientistas decifraram os hieróglifos?

Os hieróglifos (literalmente, "escritos sagrados") são anteriores a 3000 a. C. Era a escrita egípcia, que combinava pictogramas (desenhos estilizados de animais, plantas e flores) e fonemas (sinais que representam sons). Só puderam ser decifrados no século 19. Em 1804, Napoleão Bonaparte invadiu o Egito e levou consigo uma equipe de cientistas. Entre eles, estava Jean-François Champollion. Na cidade de Roseta, no Egito, foi encontrada uma pedra com inscrições em três línguas - uma delas era o grego. Champollion analisou comparou as línguas para chegar à tradução da Pedra de Roseta. Descobriu, por exemplo, que a escrita egípcia deveria ser lida da esquerda para a direita, mas o contrário era possível também. Desenhos da cabeça de pássaros e animais apontavam para a direção certa que o texto tinha de ser lido.

Você sabe onde foram cunhadas as primeiras moedas?
Segundo o grego Heródoto, pai da história, as primeiras moedas de ouro e de prata foram cunhadas na Lídia, por volta do século VII a.C, berço de uma importante civilização que floresceu na região da atual Turquia. Foi uma grande novidade no Mediterrâneo, logo adotada como forma ideal para o comércio.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Primeira Guerra Mundial

Introdução

No 9º ano do Colégio Batista do Cariri, iniciamos as nossas aulas estudando sobre a Primeira a 1ª guerra mundial. A Primeira Guerra Mundial é o acontecimento que realmente dá início ao século XX, e deixou marcas profundas especialmente na sociedade européia e que continua sendo objeto de estudo e reflexão de muitos historiadores. De forma geral, a Primeira grande guerra foi o resultado dos atritos provocados pelo imperialismo das grandes potências: a Tríplice Aliança, formada pela diplomacia alemã, e a Tríplice Entende, articulada pelos franceses. Não foi em vão que o historiador Eric Hobsbawm denominou o século XX de “A Era dos Extremos”, e assinalou para seu início a guerra de 1914-1918. Os fatores que provocaram a I Guerra foram marcados por diversos momentos. Examinemo-los.

Objetivo: Este estudo visa mostrar ao aluno como se iniciou a Primeira Guerra Mundial, quais os países afetados e como esta guerra afetou o mundo política e economicamente. Quais foram às conseqüências dela para os paises derrotados e porque da sua importância para história.
Apresentaremos primeiramente um resumo sobre os principais momentos que marcaram o período da Grande Guerra, isso faz com que o aluno entenda o contexto histórico da época e busque problematizar alguns fatos históricos. Em seguida discorreremos sobre as atividades propostas em sala de aula, bem como os resultados realizados pelos alunos. Objetivamos assim que, tanto o professor como o aluno possa desfrutar da melhor forma o conteúdo apresentado.

Auxílio para o professor

Atividade proposta na sala de aula

Após a exposição do conteúdo, pedi que os alunos imaginassem estarem vivendo no período da primeira Guerra Mundial. Solicitei em seguida que escrevessem uma carta direcionada a um ente querido ( pai, mãe, filho, amigo, namorado etc) onde relatasse a situação em que estavam vivendo durante a guerra. O aluno poderia ser um enfermeiro que cuidava dos doentes, um soldado dentro de uma trincheira, um operário fabricante de armas etc. Escolhemos algumas cartas feitas pelos alunos do 9ª ano do Colégio Batista como forma de ilustração. Confira o resultado dessa atividade no final da postagem.

Espaço do aluno – aprofunde seus estudos.

A Paz Armada

Foi um período de 1885 a 1914 que antecedeu à Primeira Guerra Mundial.Grande parte dos orçamentos europeus destinavam-se à investimentos na indústria do armamento e da promoção do exército, o que transformou o velho continente num verdadeiro campo militar.Grande parte desses armamentos eram testados nas possessões coloniais espalhadas pelos continentes asiático e africano. Além disso, quase todas as nações européias adotaram o serviço militar obrigatório, incentivando assim o sentimento nacionalista.Essa conjugação de fatores resultou em um complexo sistema de alianças em que as nações estavam em conflito, sem estar em guerra.

As alianças militares

Mapa da Europa as vésperas da Primeira Grande Guerra

Antes de 1914, as nações européias realizaram um grande número de alianças que polarizaram as disputas econômicas entre as nações. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.

*O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.

Atentando em Sarajevo – O estopim da guerra

Sophie e Franz Ferdinand

Ao visitar Saravejo, capital da Bósnia - região anexada ao Império Austro-Húngaro em 1908 - o príncipe herdeiro Francisco Ferdinando terminou sofrendo um atentado que lhe roubou a vida, juntamente com sua esposa, em 28 de junho de 1914. O autor, foi um estudante nacionalista chamado G. Princip, ligado à organização secreta pan-eslavista denominada "Unidade ou Morte" também conhecida como "Mão Negra", com vínculos na Sérvia: rival dos austríacos na disputa pelo controle da região.O governo Austro-Húngaro responsabilizou o governo da sérvia pelo atentado. Dessa forma o sistema de alianças foi acionado. Na verdade, o assassinato do arquiduque serviu de pretexto para que os países entrassem em guerra. Desde 1871, as potências européias estavam em envolvidas numa corrida armamentista, isto é, todas estavam investindo em gastos militares, cada uma procurando superar as outras em armamentos.

O desenvolvimento do conflito

Tropas alemãs em combate contra os exércitos britânicos

1 - a Áustria, apoiada pela Alemanha, enviou um ultimatum à Sérvia, o qual, não sendo atendido integralmente, levou os austríacos a declararem a guerra;

2 - a Rússia mobilizou as tropas em defesa da Sérvia, recebendo um ultimatum alemão para se desmobilizar;

3 - a 1 ° de agosto a Alemanha declarou guerra à Rússia e, dois dias após, à França;

4 - imediatamente a Bélgica foi invadida, ignorando a Alemanha a sua neutralidade, o que levou em 4 de agosto, a Inglaterra a declarar-lhe guerra;

5 - a Itália se omitiu, embora pertencesse à Tríplice Aliança, argumentando que o seu compromisso com a Áustria e com a Alemanha previa sua participação apenas no caso de tais países serem agredidos.

Os dois momentos da Guerra - A guerra foi dividida em 2 fases: a Guerra do Movimento e a Guerra de Trincheiras:

Movimento - pela primeira vez, estão transportando tropas em grande quantidade, usando automóveis e caminhões, antes o transporte, ou era à cavalo, ou à pé. Toda vez que acontecia uma guerra, a França corria para fortalecer sua fronteira com a Alemanha, mas os alemães já sabiam disso, então eles vão pelo Norte, passando pelos Países Baixos que diziam ser neutros, mas os alemães não respeitavam essa neutralidade e vão invadir a França pelo Norte onde não haviam tropas e vão se fixar no centro da França.

Trincheiras - as trincheiras caracterizaram a segunda fase da primeira guerra mundial. Centenas de milhares de soldados permaneciam durante meses dentro de túneis e canais, que logo se transformaram em complicadas redes de defesa. As trincheiras tinham proteção de arame farpado, às vezes eletrificado, acima do qual havia torres com metralhadora. Enormes túneis faziam a comunicação entre os vários pontos da rede.

Curiosidade! Dos 65 milhões de moços enviados aos campos de batalha, uns 9 milhões não retornaram. Incluindo as baixas civis, 21 milhões de pessoas foram mortas. Alguns ainda falam da deflagração dessa guerra, em agosto de 1914, como o momento em que “o mundo enlouqueceu”.

O fim do conflito, o Tratado de Versalhes e a Sociedade das Nações.


A 1ª Guerra Mundial terminou finalmente em 1918.Os países que saíram vitoriosos reuniram-se em Paris onde foi assinado o Tratado de Versalhes. Este tratado representava-se pelas seguintes decisões:
• Os Alemães tinha de se livrar de parte dos seus territórios, e devolver alguns a aos países (por exemplo, a Alsácia-Lorena à França);
• Os Alemães tinham também de pagar grandes indemnizações aos países vencedores (como se as vidas humanas valessem dinheiro);
• A Alemanha recebeu estas decisões como uma grande humilhação, o que foi uma das razões para o início da 2ª Guerra Mundial (esses alemães não aprendem).



Confira o resultado da atividade proposta na sala de aula. Clique sobre a carta para ampliá-la

Jaisna Tainá, aluna do 9º ano "U"

Tomás Almeida, aluno do 9º ano "U"


Camila Tatiane, aluna do 9º ano "U"
Ana Beatriz, aluna do 9º ano "U"
Luana, aluna do 9º ano "U"